top of page

SOBRE

MÚSICA:

"Assim como tu, oh, leitor;

tenho o fascínio de ouvir o pouco

ouvido para sentir o que

não se sente sempre;

gosto de seguir o restrito,

para consequentemente,

inovar meu conceito de belo,

não seguir o rotulado, os parâmetros, a rotina, o corriqueiro, o dito e repetido, o comum, o cuspido (óbvio e indiferente) por todos;

não ouço música,

                           eu sinto

não procuro música,

                           eu caço, vasculho, necessito;

não crio música,

                           transfiro-me para o papel.

Eu sou uma música.

 

Sou essa música que ama, chora, ri;

sou essa sinfonia indefinida, incompleta, louca e confusa;

cheia de stereo e arranjos impossíveis;

ora demasiadamente dantesca, ora cansada e reclusa.

 

a música imprevisível que ama ter a oportunidade de ser música;

a música que componho de improviso a cada momento;

a música de pele e roupas;

a música que usa sentimentos como orquestra e o mundo de instrumento.

 

Meu maestro é o amor,

Ele adora tocar notas melancólicas e solitárias.

Adoro senti-las escrevendo a vida.

 

Sinto esse vendaval que é a vida em cada batida do meu coração;

Coração este, que serve de compasso para este grande espetáculo que é ter vida.

E com ter vida, não digo ser vivo; mas viver.

 

Sou meu solo perpétuo.

Não quero apenas ouvir o que sou,

Também quero me compor;

Também quero te compor!

Quer compor a mim também?

 

Quero tocar todas as notas que tenho vontade

para não morrer com arrependimentos.

(Quem se importa de eu errar?! Continuo sendo música!)

 

Quero a cada instante uma nota dessa música de beijos, amassos, amor e vida que faz jus á epifania sonora que é.

Agora, saiam daqui e vão tocar em outro lugar!

Deem licença!

Tenho de acrescentar algo para essa prosopopeia sonora que sou."

© 2016 by Pengo Amigo

bottom of page